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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Neymar diz a juiz na Espanha que se limitava a assinar o que o pai pedia

O atacante Neymar afirmou nesta terça-feira em seu julgamento na Audiência Nacional espanhola que se limitou a assinar os documentos apresentados por seu pai e empresário, Neymar da Silva Santos, em sua contratação pelo Barcelona junto ao Santos, em 2013. Seu pai depôs na sequência e manteve o discurso, isentando o filho de responsabilidade nas negociações investigadas por fraude fiscal no Brasil e na Espanha - em versão bem parecida à dada por Lionel Messi e seu pai em julgamento semelhante.

Segundo fontes ligadas ao caso, Neymar declarou ao juiz José De la Mata que quando jogava pelo Santos tinha o desejo de defender o Barcelona, mas não participou diretamente da negociação, deixando tudo nas mãos do pai. Neymar da Silva Santos, por sua vez, afirmou ao juiz que toda a transferência foi feita corretamente e tentou se desvincular do assunto, alegando tratar-se de contrato firmado entre os dois clubes.

"Neymar não tem culpa de nada, ele se limitava a jogar futebol", declarou Neymar da Silva, pai do atacante, após prestar depoimento durante três horas sob acusações de fraude e corrupção como parte de uma denúncia do fundo de investimentos brasileiro DIS, que se sente enganado por não ter recebido o que lhe cabia pela contratação pelos direitos federativos do jogador.

O atacante começou a jogar no Barcelona em 2013, e o clube catalão informou na época que a contratação tinha custado 17 milhões de euros. Porém, após a renúncia do presidente Sandro Rosell, a direção admitiu ter gastado 57 milhões - número que a Procuradoria elevou para 83,3 milhões de euros, após outra investigação na Audiência Nacional espanhola sobre os mesmos fatos, e que está pendente de julgamento.

Segundo Neymar pai, seu filho lhe disse que só queria jogar no Barcelona, e ele então fez todo o possível para que o desejo se concretizasse. Segundo o empresário, o procedimento judicial conduzido pelo juiz De la Mata é um assunto entre DIS, Barcelona e Santos, e que nem ele ou seu filho têm algo a ver. "Não merecemos isto, não fiz nada de errado", disse o pai e representante do jogador, acrescentando que ficou "muito incomodado" por ter que comparecer a um tribunal ao lado do atleta, que tem jogos importantes a realizar nesta semana.

Neymar pai explicou ainda que os dois não devem nenhum dinheiro à Receita pela contratação e que não pensam em chegar a nenhum tipo de acordo com o fundo DIS para compensá-lo financeiramente. O pai do atacante deixou o tribunal por volta das 22h (hora local, 18h de Brasília), quase quatro horas depois que seu filho, que permaneceu uma hora e meia perante o juiz.

Críticas - Pouco depois de prestar depoimento, Neymar emitiu um comunicado em seu site para criticar o procurador do Ministério Público Federal (MPF) Thiago Lacerda Nobre, responsável por outra denúncia, por sonegação fiscal e falsidade ideológica, revelada com exclusividade por VEJA neste fim de semana. O craque do Barcelona, então, foi rebatido tanto pelo MPF, que detalhou a denúncia, quanto pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).

Em nota, a associação classista dos procuradores repudiou o texto em que Neymar sugere que Thiago Lacerda Nobre teria interesses "extra campo" e que "procura desesperadamente os holofotes da mídia". "Nada mais equivocado e distante da realidade", diz o ANPR.

A entidade sai em defesa de Thiago Lacerda Nobre, que, de acordo com a ANPR, "recebeu o processo de forma objetiva e impessoal, por livre distribuição, nos termos das normas internas do MPF". "(Lacerda) tem atuado de forma exemplar, e a denúncia criminal está lastreada em amplo acervo probatório reunido em mais de dois anos de investigação, que inclui cooperação jurídica internacional com a Espanha e trabalho conjunto com a Receita Federal", defende a associação.

O comunicado, assinado por José Robalinho Cavalcanti, presidente da ANPR, é finalizado com uma mensagem dura: "O atleta Neymar é um orgulho do Brasil. O cidadão Neymar já demonstrou em várias situações genuína preocupação social. Porém, em uma República, ninguém está acima da Lei, seja ele trabalhador, governante ou capitão da seleção brasileira de futebol."
(com agências EFE e Estadão Conteúdo)