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sábado, 18 de julho de 2015

Pai de Cristiano Araújo processa Zeca Camargo por danos morais


O pai de Cristiano Araújo, João Reis, e a empresa CA Produções Artísticas, que gerenciava a carreira do cantor, abriram processo nesta quinta-feira contra o jornalista Zeca Camargo por danos morais. A ação é motivada pela crônica que Camargo fez no Jornal das Dez, do canal pago GloboNews. No texto, Zeca comparava a comoção com a morte do cantor, que havia acontecido dias antes, com a popularidade dos livros para colorir, como uma prova da "atual pobreza da alma cultural brasileira".

Segundo a advogada Fernanda Moreira, sócia da Mendonça Moreira e Prado Consultoria Jurídica, que representa a CA Produções Artísticas, a ação movida contra o jornalista tem caráter pedagógico. Caso o pai do cantor e a empresa vençam o processo, o valor da indenização, a ser determinado pelo juiz, será destinado a um fundo a ser criado de apoio à cultura sertaneja e também para a Casa de Apoio São Luiz, de Goiânia, que dá suporte a pacientes em tratamento contra o câncer.

O processo classifica como preconceituosa a crítica de Zeca. "O falecimento (...) causou uma comoção nacional pelo amor de seu público e pela força com que este amor se disseminou. Amor, um sentimento subjetivo que pertence ao agente e não a qualquer outra pessoa que esteja do lado de fora. Cabe aqui ressaltar conceitos filosóficos e subjetivos, pois o dano moral se deu exatamente na tentativa do requerido (Zeca Camargo) em 'debochar' deste sentimento. Amor dos fãs, da família, dos empresários e das pessoas que com ele trabalhavam. Todas essas pessoas sofrendo, à sua maneira, com a morte trágica ocorrida a apenas a quatro dias da crônica cruel, infundada, insensível, debochada e preconceituosa do requerido", diz o texto da ação.

No processo, a crônica do jornalista é transcrita e alguns trechos são grifados. Depois, os advogados voltam a se dirigir ao juiz. "Excelência, veja que o texto foi escrito e interpretado de forma completamente preconceituosa, sem ao menos medir o peso que suas palavras teriam sobre os fãs, a família, amigos e sobre toda a cultura sertaneja de uma forma geral. É notório que a crônica tinha o cunho de denegrir a imagem não apenas do cantor, falecido e sem qualquer condição de se defender, como também da própria música sertaneja brasileira."

A crônica - O texto de Zeca Camargo foi encomendado pelo Jornal das Dez e lido no sábado, dia 27 de junho. O jornalista ainda afirmava que o cantor "talvez tenha morrido cedo demais para provar que poderia ser uma paixão nacional". A reflexão se tornou alvo de comentários raivosos, que levaram Camargo a tentar se redimir durante o VídeoShow, onde, para piorar, chamou o cantor de "Cristiano Ronaldo", e também em seu blog, com um texto em que explica o que quis dizer durante o telejornal. Nas redes sociais, os sertanejos chegaram a criar uma corrente contra a crônica e nomes como a dupla Henrique e Juliano, Fernando e Sorocaba e Israel Novaes publicaram imagens em que aparecem de ouvidos tapados como forma de protesto, criando também a hashtag #QuemEZecaCamargo.

"Então agora o negócio é comigo. Muito bem. Não tenho medo das minhas opiniões até porque está claro para mim que minha crítica não era ao artista nem ao luto dos fãs, mas à cobertura que se fez e ao vazio do discurso sobre cultura no Brasil", disse Camargo em seu blog. "Como uma amiga comentou, só posso ser responsável pelo que escrevo, não pelo que os outros entendem. Aceito ser o foco agora desta catarse -- até por admiração ao cantor. É disso que os fãs precisam agora? Sirvam-se."

"Cristiano Araújo, porém, com todo seu carisma e talento, floresceu numa época diferente do pop, quando as carreiras são mais 'relâmpago' e com um quociente de adoração 'imediato'. Seu fãs de coração, atônitos diante da perda, abraçaram qualquer gesto solidário -- mesmo de quem nunca havia ouvido falar do cantor", argumentou. "Munidos apenas da emoção -- e de uma má interpretação da minha crônica --, esses fãs acreditaram, alimentados por uma meia dúzia de comentários confusos, que eu os acusava de alguma coisa, ou pior, que eu apontava o dedo para seu ídolo, quando na verdade eu tentava entender o que faz justamente o outro grupo -- o de 'não fãs' -- a reagir da maneira como o fizeram", explicou o jornalista.