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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: "Eu sou Jeová.Eu costumava aparecer a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-Poderoso,mas com respeito ao meu nome, Jeová,não me dei a conhecer a eles".Êxodo 6:1-30

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Samuel Celestino:República engessada

Diante da expectativa de um ano difícil, de PIB perto do zero e a inflação que já dá indícios de que será maior da registrada no ano que se foi, a palavra de ordem dos novos governos estaduais, especialmente o da Bahia, comandado pelo governador Rui Costa, é cortar gastos. É, também e principalmente a tônica do governo Dilma Rousseff, que esbanjou mais do que deveria em 2014, fechando o ano com sérias dificuldades, associadas à frustração da balança comercial que empurrou as importações à frente das exportações, quebrando um ciclo que já estava esquecido no País.

Não tem mesmo saída. Ou se evitam gastos ou o País vai rodopiar na involução e tomar o caminho do passado, já visível, por sinal. No discurso de posse do governador Rui Costa ficou marcante a decisão de diminuir os gastos, acompanhado pelos novos secretários. O marco do novo governo é a redução da gastança, o que leva à diminuição do número de funcionários comissionados. O governo, por inteiro, passa a ter o mesmo e irredutível compromisso de cortar os custos da administração.

Para que o pacto ou a ordem do “não gastar” chegasse com mais força  à população, tanto o governo da república como as novas administrações estaduais teriam que recorrer a uma drástica redução de ministérios e de secretarias estaduais. Isto, no entanto, não foi feito. À frente dos cortes estão as exigências partidárias. A presidente Dilma continua com 39 ministérios. A maioria inoperante e sem sentido. De tal sorte que ela não consegue – e nem precisa - despachar com todos os ministros. Prefere, e assim parece, se reportar aos dez mais importantes. É o suficiente. Os demais, não todos, fazem parte da base, ou da coalizão partidária, um peso que o País carrega. Com a crise econômica instalada no Brasil no primeiro mandato de Dilma pela incompetência do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, os que têm hoje força na República são os ministérios da área econômica, onde desponta o principal deles, Joaquim Levy, que comanda a Fazenda e em quem recai a responsabilidade de retirar o País do buraco e devolvê-lo ao caminho do crescimento interrompido pelo quadriênio anterior.

O favorecimento aos partidos político, no entanto, ecoou mais alto. A República continuou com seus 39 ministérios que se traduzem, sem a menor dúvida, em gastos desnecessários para contemplar a enxurrada de legendas que apoiou a recondução de Dilma Rousseff. Mesmo assim perdura, nos bastidores, o descontentamento do PMDB ao ganhar mais um ministério, passando de cinco para seis. Como castigo, nenhum deles é representativo. O partido preferia quatro ministérios robustos, com orçamento, requisito básico para a área política. Sem orçamento pesado o ministério de nada vale e é nesta situação que está o velho PMDB. No fundo, o orçamento é o alimento das legendas e daí à corrupção é um pulo.

Como consequência, o presidente do Senado, Renan Calheiros, mesmo desgastado, ameaça colocar o velho PMDB em posição de independência na casa que preside. Não parece que deveria partir do senador alagoano esta postura porque, como o nome dele está na lista dos 28 políticos que teriam recebido propina, de acordo com a denúncia premiada de Paulo Roberto Costa, seria mais sensato que esperasse fevereiro para anunciar a “independência” do PMDB. Está previsto para este mês o anúncio, que balançará o Congresso Nacional.

Com tanto corrupto anunciado, a Câmara e o Senado só terão como saída entregar a cabeça dos envolvidos em propina. Será isso ou um anunciado desastre para o Poder Legislativo brasileiro.Fonte:Bahia Noticias(texto-Samuel Celestino-foto)