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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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domingo, 18 de janeiro de 2015

Samuel Celestino:A denúncia, que virou fato comum na Operação Lava Jato.

Já se esperava que, diante do tamanho da Operação Lava Jato e da quantidade de suspeitos envolvidos na corrupção - sobretudo com as grandes empreiteiras centralizando o esquema - pudessem emergir, além de verdades incontestáveis, suposições e histórias em torno do maior escândalo que se tem notícia no País. Na fantasia que normalmente acompanha  fatos assim, admite-se até que, além do arco-íris, como na lenda, pode haver um pote enterrado com bilhões de reais. É o que se passa na imaginação com a denúncia feita pelo policial federal, Jaime Alves de Oliveira Filho, melhor identificado por Careca, que se tornara um entregador de dinheiro do doleiro Alberto Youssef para corruptos indicados por ele e empreiteiras, especialmente políticos.

Careca criou o seu arco-íris ao dizer que o ex-diretor Paulo Roberto Costa, protegido, por ora, por ter aceitado fazer denúncia premiada, comprara uma casa na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, em 2012, e usou o imóvel para esconder dinheiro. Careca anota que não sabe ao certo. Mas ouvira dizer que o ex-diretor da combalida petroleira usara a casa para enterrar seu pote. Sem dar importância à bela piscina do imóvel, o ex-diretor mandou aterrá-la e, ao fazê-lo, colocou muito dinheiro abaixo do aterramento. Pronto, o que faltava para virar lenda aconteceu: a roubalheira ganhou um arco-íris, como nas histórias contadas e sonhadas na infância. Esta é a fantasia. O grosso vem nos períodos que se seguem.

Uma empreiteira, cujo nome não foi por ora revelado, envolvida de cabo a rabo no esquema de assalto à Petrobras, está marcando os políticos que serão denunciados, ao que se presume no fevereiro que chega. A denúncia, que virou fato comum na Operação Lava Jato - o que é positivo - aguardará a relação dos políticos para, se for o caso, denunciar outros nomes que não estejam na listagem. Será feita de forma minuciosa. Além dos nomes, as datas de pagamento ao corrupto e os valores recebidos. O PT e o PMDB estão com as barbas de molho por saberem que são as legendas que foram mais beneficiadas pelo esquema de rapina. O PT, inclusive, está com o seu tesoureiro, João Vaccari Neto, envolvido – um dos mais complicados, por sinal, por receber dinheiro para o partido -  e deverá ser um alvos prioritário das denúncias.

A delação que se prepara para alcançar novos políticos que não estejam na primeira lista tem uma razão de ser, de acordo com as empreiteiras. O processo de julgamento será dividido em dois: um para os diretores, integrantes das empreiteiras, funcionários da Petrobras e quem mais se imiscuiu na rapinagem, e aqueles que têm foro privilegiado, como é o caso dos políticos. Os primeiros serão julgados pela Justiça Federal, à frente o juiz Sérgio Moro, e os detentores de mandatos  eletivos pelo Supremo Tribunal Federal.
  
O julgamento do primeiro grupo leva a crer que será mais rápido, com possibilidade de acontecer ainda neste semestre. As penas provavelmente serão elevadas, porque ampliadas na medida em que há um somatório de crimes praticados pelos envolvidos. Já em relação aos políticos, em razão do foro, o juiz Sérgio Moro e o Ministério Público Federal encaminharão seus processos conclusos ao Supremo Tribunal Federal, que tem uma concepção diferente da Justiça federal, como se observou no julgamento do mensalão. É possível que do STF surjam penas menores, isto depois de processos (demorados) de cassação dos mandatos dos deputados federais e senadores envolvidos, o que acontecerá depois das decisões dos processos instaurados no Congresso.
       
A demora, após a cassação dos mandatos, será seguramente uma exigência da opinião pública. É mesmo necessário que haja uma limpeza em regra na política brasileira. Será, assim, um fato que, por suposição, não será favorável aos políticos. Se as penas dos envolvidos no primeiro grupo forem maiores, como se admite, haverá também uma grita da opinião pública para que ao processo do STF ocorra de forma semelhante aos primeiros julgamentos. Sobretudo se as empreiteiras relacionarem novos nomes de políticos corruptos, com as datas e os valores pagos como propina. Fonte:Bahia Noticias