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terça-feira, 28 de outubro de 2014

Samuel Celestino:"Quem derrotou Aécio foi o seu estado"

A vitória da presidente Dilma Rousseff, que determinou a continuidade do PT no poder republicano, de certo modo estabeleceu um divisionismo entre as regiões do País iniciada pela rede social da internet, que responsabilizou os nordestinos pelo resultado eleitoral, em detrimento da vitória do candidato oposicionista. Aécio Neves ganhou em toda a região Sul-Sudeste-Centro Oeste. Os brasileiros assistiram a uma ressurreição do preconceito absurdo e descabido em relação a esta região do País. Quem derrotou Aécio, na verdade, foi o seu estado, Minas Gerais, que, com três milhões de votos dirigidos à presidente determinou a queda do mineiro. Bastavam dois milhões de votos a ele direcionados para que comemorasse a vitoria.

Não foi somente um preconceito que se observa presente na região Sul-Sudeste, mas, também, uma consequência da propaganda eleitoral no segundo turno. A campanha da presidente focou, em boa parte do processo, uma inverdade que se alastrou entre os nordestinos, principalmente a grande população que habita a região seca e árida, mantida em boa parte pelo programa Bolsa Família.

Enquanto a campanha petista alardeava que, em caso de vitória do candidato tucano o programa seria abandonado, os publicitários de Aécio de tudo faziam para afirmar que tal não aconteceria, pelo contrário. O jogo do marketing negativo prevaleceu. De qualquer maneira a presidente teria uma votação avassaladora na região, por ser um reduto do PT, cultivado pelo discurso de Lula que, aliás, foi de fundamental importância no segundo turno eleitoral.

A presidente, em seu discurso aos brasileiros de agradecimento pela vitória, na noite de domingo, optou por dois pontos importantes que, se conseguir realizar serão importantíssimos para a região, principalmente a Bahia que foi, para ela, o maior reduto eleitoral dentre todos os que determinaram a sua vitória. Por quatro vezes seguidas e ininterruptas, a vitoriosa  Dilma repetiu a palavra “educação”, dando sequência com a saúde pública.

São dois fatores que, se levados a cabo, poderão mudar a realidade nordestina. Somando com o Bolsa Família, estará completa a trilogia desenvolvimentista que seria completa se houver oferta de emprego. Para os quatro anos de mandato que fará, é quase impossível realizar, porque a ela compete a dura tarefa de quebrar o ciclo da crise econômica que sufoca o desenvolvimento do País.

O segundo mandato da presidente será muito diferente do primeiro, espera-se, quando herdou uma economia que avançava com um PIB de 7,5%. O avanço econômico destacou o Brasil como um país emergente destinado a ser potência em 20 anos. Este segundo mandato que se inicia no dia primeiro de janeiro, começará pelo enfrentamento de um ano dificílimo, 2015, quando continuarão os reflexos da crise, possivelmente em situação piorada. Dilma tem pela frente desafios que não enfrentou. A começar pela formação do seu governo, que decididamente não será fácil. Ela herdou de Lula pelo menos seis ministros, e a maioria deles caiu, pela incompetência ou corrupção, no segundo ano do governo Dilma. Agora, compete exclusivamente a ela se responsabilizar pela equipe que comandará. Nada poderá dizer por que estará herdando a própria herança do seu primeiro mandato.

O primeiro desafio será a nomeação de um ministro da Fazenda que ofereça maior competência do que Guido Mantega. Os problemas elas os encontrará em toda parte: na agricultura, na indústria, ambas em crise, no setor energético, na inflação, no possível avanço do desemprego e, ainda por cima, o cumprimento de promessas feitas durante a campanha eleitoral.

No seu discurso de agradecimento, a presidente reeleita reafirmou o seu compromisso de realizar uma reforma política que mude radicalmente a atual realidade (não será tanto, nem ela a fará sem um consenso com a oposição), dando nova fisionomia a este setor, impregnado de corrupção. De igual modo, realizar a necessária reforma tributária é muito difícil em consequência da crise econômica, que se torna um entrave a ser controlado para abrir novamente espaço ao desenvolvimento.

Não é só. Dilma Rousseff, já agora neste final de 2014, terá pela frente seguramente mais denúncias arrepiantes sobre os acontecimentos envolvendo a corrupção na Petrobras. Com o Brasil dividido, com carências que também enfrentará no Sul-Sudeste, ficará entre a cruz e a caldeirinha. Os sulistas cobram dos nordestinos usando um preconceito nunca visto (embora presente) pela eleição de Dilma, que ficará para ela a ingrata tarefa de unir o que nunca, em tempo algum, foi desunido.Fonte:Bahia Noticias