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terça-feira, 1 de abril de 2014

Veja 6 opiniões sobre a escolha do candidato das oposições na Bahia

Todas as atenções no meio político estão voltadas para o anúncio que o prefeito ACM Neto fará sobre o nome do candidato que encabeçará a chapa das oposições da Bahia. Ontem, ávidos pela confirmação do ex-governador Paulo Souto, democratas sentaram-se à mesa para avaliar o cenário e pressionar por uma definição sobre o pleito. Em outra rodada de discussão, aliados do ex-ministro Geddel Vieira Lima, apostando suas fichas na vontade do peemedebista em destronar o PT no Estado, também sentaram para avaliar os riscos de lançar a candidatura com ou sem o apoio do DEM e PSDB. Abaixo, a análise dos principais articulistas e comentaristas que fazem ferver a política da Bahia. Confira:

Emmerson José- Editor-chefe e âncora da rádio CBN e do Fala Bahia da Bahia FM

Tribuna - Qual sua aposta? Quem será o candidato das oposições, a ser anunciado pelo prefeito ACM Neto?

Emmerson José - Aposta difícil, e não queria estar na pele do prefeito ACM Neto, principal protagonista da oposição nessas eleições. Mas pelo humor atual dos dois mais fortes candidatos, acho que dará Paulo Souto. O ideal para o prefeito seria uma chapa com os dois (Geddel e Souto), mas está complicado...

Tribuna - Qual o motivo de tanta demora do prefeito em anunciar o nome que representará a oposição?

Emmerson - Acho que está no tempo certo. As convenções só acontecem em junho. Veja só o ‘forrobodó’ que deu o anúncio prematuro do candidato do governo.

Tribuna - Haverá estremecimento e quem perder poderá rachar? Pode resultar em duas candidaturas na base?

Emmerson - Nisso aí eu aposto. Acho que sim. Geddel, se preterido, não ficará quietinho. É o estilo dele.

Tribuna - Quem o governo torce para ser o candidato? Paulo Souto ou Geddel?

Emmerson - Souto tem capital eleitoral maior. Geddel tem capital político, como tempo de TV e rádio, além de um partido (PMDB) bem arrumado no interior. É minha leitura. O governo já está fazendo a sua.

Tribuna - Qual vai dar mais trabalho para o PT?

Emmerson  - Mais trabalho? Se a oposição entrar dividida, escreva aí: Lídice. Ela está trabalhando em silêncio, arrumando a campanha e não será alvo preferencial na campanha eleitoral. Nem de um lado, nem do outro. Vai assistir e ouvir o bombardeio da poltrona.
Mário Kertész - Radialista, apresentador e proprietário do Grupo Metrópole
Tribuna - Qual sua aposta? Quem será o candidato das oposições, a ser anunciado pelo prefeito ACM Neto?

Mário Kertész - A essa altura eu acho que não haverá um candidato único das oposições. A essa altura do campeonato, graças ao desgaste que está acontecendo, a oposição mais uma vez sairá dividida, com duas candidaturas isoladas. Como dizia ACM, o original, as oposições só se unem no cemitério.

Tribuna - Qual o motivo de tanta demora do prefeito em anunciar o nome que representará a oposição?

Mário – Acho que a dificuldade está sendo causada pela intransigência do Democratas e de Paulo Souto, que desistiu o tempo todo e de última hora achou que poderia ser o nome e está empombando o jogo todo.

Tribuna - Esse estremecimento pode resultar em um racha? Pode resultar em duas candidaturas na base oposicionista?

Mário – A essa altura eu acho que já vai resultar em dois nomes da oposição. Não vejo como ter uma candidatura única, já que Paulo Souto não abre mão e Geddel, por sua vez, não aceita ser candidato para o Senado.

Tribuna - Quem o governo torce para ser o candidato? Paulo Souto ou Geddel?
Mário – Aí só você perguntando ao PT e ao governo.

Tribuna - Qual vai dar mais trabalho para o candidato do PT?

Mário – Quem daria mais trabalho seria Geddel. Essa é a minha opinião. Aí, só na prática para vermos como as coisas vão se comportar. Inclusive, se não houver uma definição imediata, esta semana, o resultado só sairá após a próxima eleição (risos).
Raul Monteiro - Editor da coluna Raio Laser e do site Política Livre

Tribuna - Qual sua aposta? Quem será o candidato?

Raul Monteiro  - Acho que por tudo que aconteceu nos últimos dias, o escolhido será o ex-governador Paulo Souto. Pode dar Geddel, mas algum fato novo muito gritante teria que motivar a troca por ele. Souto está em primeiro lugar nas pesquisas, tem o apoio do seu partido, e por acaso é o mesmo partido do prefeito de Salvador, a quem foi delegada a escolha. De forma que acho difícil o cenário mudar em favor de Geddel, embora em política tudo possa ocorrer.

Tribuna - Qual o motivo da demora em anunciar o nome?

Raul  - Isto é um fato que tem me intrigado. O que leva o prefeito, com a autoridade de liderança emergente das oposições, a retardar um processo por tanto tempo, gerando desgastes nele e entre os candidatos e colocando em xeque a unidade, é algo que vai ficar inexplicado. Mesmo que ele consiga sair desse processo com uma chapa única reunindo Souto e Geddel, sequelas ficarão. Não quero crer que, no fundo, o prefeito nunca acreditou na unidade, como alguns políticos do governo chegam, maldosamente, a comentar, referindo-se ao fato de que ACM Neto quer ver o campo livre para ser candidato ao governo em 2018.

Tribuna - Acredita que quem perder poderá rachar?

Raul - Claro que a conclusão desse processo não será tranquila, a menos que os dois candidatos revelem um sentido de grandeza muito grande. Enfim, a demora do processo de escolha os colocou como adversários frontais quando as negociações iniciais visavam fazer com que se unissem para enfrentar o inimigo comum, o candidato do PT. Acho que Souto sai de qualquer jeito, com ou sem unidade. Geddel pode fazer o mesmo. O importante nisso tudo é que, separados, eles serão menos fortes do que se ficarem unidos, favorecendo o candidato do governo.

Tribuna - Quem o governo torce para ser o candidato?

Raul - Acho que o governo sempre torceu para que o candidato fosse Geddel. Tenho conhecimento de que Wagner, numa conversa com políticos, teria admitido esta hipótese, o que foi reforçado, depois, por declarações suas avaliando que o candidato escolhido seria o peemedebista. O desejo estaria lastreado em pesquisas, não no interesse pessoal.

Tribuna - Qual vai dar mais trabalho para o PT?

Raul - Quem melhor vocalizar, representar a insatisfação com o atual governo vai dar mais trabalho e, naturalmente, poderá se tornar o novo governador da Bahia. Não acho, entretanto, que a eleição será fácil para nenhum dos dois lados, ao contrário do que preveem alguns políticos, principalmente do governo.

Raimundo Varela - Apresentador de rádio e TV e dono do site Varela Notícias

Tribuna - Quem será o candidato das oposições?

Raimundo Varela - A tendência natural dessa história é Paulo Souto seja o candidato, primeiro porque é a figura mais importante dentro do partido, além disso, tem história porque já governou a Bahia oito anos. Agora, Neto está entre a cruz e a espada, pois tem um projeto de vida, uma estrada longa para percorrer. Ele está passando por um grande teste de fogo em Salvador. Agora, é claro que Geddel é um nome forte também, é líder do PMDB. Ele poderá estar junto no segundo turno, passando ele ou não. Para que lado ele vai? Para  o DEM.

Tribuna - Qual o motivo de tanta demora do prefeito?

Varela - Lembre-se que ele só anunciou que era candidato a prefeito em abril. Por quê? Quem sabe faz a hora. Nós temos uma história de 40 anos acompanhando isso. Salvador não tem como fazer essa transformação com recursos próprios. Ele não fará uma transformação sem ter o governo do estado e o governo federal. Ele não tem dinheiro para fazer o que pretende fazer. Tem que ter cautela nas suas decisões. O certo é que Neto está em cima do muro. Terá, com a inteligência que tem, sendo que pra mim ele pensa cem anos lá na frente. A situação dele é delicada, mas vai chegar a hora que vai ter que tomar uma decisão.

Tribuna - Pode haver duas candidaturas na base?

Varela – Pelo cenário que está aí e o que Geddel me disse em um almoço em Itaparica é que ele é candidato a governador. Ele disse: - Eu não abro mão, estou trabalhando isso há dois anos. O líder das pesquisas hoje é Neto. O prefeito é o príncipe encantado da política porque o povo revela em todas as pesquisas que quer ele. Tem candidato aí que é sapo, mas que o marketing vai ter que transformar em príncipe.

Tribuna - Por quem o governo torce? Geddel ou Souto?

Varela - Pelo que eu sei, eles não estão preocupados com o adversário. Em política, se você ficar preocupado com os adversários você não ganha. É como futebol: se você entrar com vontade de empatar termina perdendo.

Tribuna - Qual dos dois pode dar mais trabalho ao PT?

Varela - Eu acho Paulo Souto, pois saiu muito bem avaliado do governo. Eu não sou muito simpático a ele, mas é bem avaliado, já passou no teste e é um nome respeitado. Não quer dizer que Geddel não seja, mas é que sua história é mais no Legislativo. Geddel é uma novidade, e na política às vezes as pessoas tem medo do novo. Tiveram medo de mim quando eu liderei pesquisa para ser prefeito, pois questionaram: Será que o comunicador Varela vai ser bom prefeito? Será que vai repetir Fernando José? Mas, eu não entrei porque o sistema não abriu a porta pra mim. Agora, é claro que ele prefere Souto, que é líder nas pesquisas quando tira o seu nome. No entanto, ele terá que conduzir isso com muita inteligência e esperteza, pois Salvador dependerá muito do governo federal até o fim do ano.

Samuel Celestino - Articulista do jornal A Tarde, apresentador na Tudo FM e proprietário do site Bahia Notícias

Tribuna - Qual sua aposta? Quem será o candidato das oposições?

Samuel Celestino – Está uma confusão danada. Hoje o cenário é que saiam dois candidatos na oposição. Geddel diz que não abre mão da candidatura, de maneira alguma. Paulo Souto conta com a inclinação do prefeito ACM Neto, por ser do DEM. Então eu não sei o que pode acontecer. Não sei se Paulo Souto vai abrir mão para Geddel, nem Geddel abre mão mais para Souto.

Tribuna - Qual o motivo de tanta demora do prefeito em anunciar o nome?

Samuel – Esse é outro problema. Essa demora do prefeito ACM Neto é que prejudicou o processo. Ele poderia ter definido lá atrás. Não decidiu, aí gerou um tensionamento muito maior, resultando provavelmente em dois candidatos. Paulo Souto tomou gosto e Geddel disse que não abre mão mais de liderar o processo. Agora, eu não sei se dois candidatos da oposição, na atual conjuntura, prejudica o processo. O histórico é a oposição não se unir na Bahia.

Tribuna - Acredita que quem perder poderá rachar?

Samuel – Vamos ter segundo turno, isso é fato. A dúvida é quem vai, se Souto ou Geddel. Quem for recebe o apoio do outro, pois nenhum dos dois vai apoiar o candidato do PT, ligado a Wagner. Acontece que o governo tem problemas, pois Lídice tomou uma posição que dificultou muito para o candidato de Wagner. Ela tira votos de Rui Costa e, num segundo turno, por causa de Eduardo Campos, fica obrigada a votar com a oposição, não se sabe se com Aécio Neves ou Campos. O que é certo é que ela não vota em Dilma.

Tribuna - Quem o governo torce para ser o candidato?

Samuel – Aí eu não sei. Eu acho que eles torcem por Paulo Souto, apesar de Souto ser o candidato mais forte. O detalhe é que Geddel é mais brigão. Já Souto não é de fazer uma campanha política baseada em críticas fortes, diferente de Geddel, que é bom nisso. E aí a pergunta é se Rui Costa terá condições de fazer a defesa do governo, em um tête-à-tête com Geddel. Acho que Geddel esmaga Rui Costa em um debate e Souto tem o estilo mais pacificador, diferente do candidato do PMDB, que é mais pra guerra.

Tribuna - Qual vai dar mais trabalho para o PT?

Samuel – Acho que Geddel dará mais trabalho sim, apesar de saber que Paulo Souto poderá ter mais voto. É diferente. Um dá mais trabalho: Geddel. Outro tem mais densidade de votos: Souto. Com isso, o cenário continua completamente indefinido, pois teremos dois candidatos governistas, com Rui Costa e Lídice. Aí a união se dará no segundo turno. Dificilmente Lídice apoiaria.

Zé Eduardo (Bocão) - Apresentador de rádio e TV e proprietário do site Bocão News

Tribuna - Qual sua aposta? Quem será o candidato das oposição?

Zé Eduardo – Paulo Souto. Esse é o cabeça da chapa.

Tribuna - Qual o motivo da demora em anunciar o nome?

Zé Eduardo - O prefeito demorou por medo de perder o apoio do PMDB, que será importantíssimo para o seu projeto de governo em 2018, além de ser um partido importante na Câmara de Salvador. O prefeito tentou até o último segundo segurar os dois candidatos, Geddel e Paulo Souto, mas nenhum está querendo ir para o Senado. O prefeito agora jogou a decisão no colo dos dois. O prefeito tentou de tudo para costurar o consenso, mas não conseguiu.

Tribuna – Pode resultar em duas candidaturas na base?

Zé Eduardo – Não tenho dúvida disso. Geddel sai sozinho para o governo. Esse é o cenário mais real hoje. Paulo Souto sairá na cabeça da chapa do DEM e Geddel na cabeça da chapa do PMDB. E o detalhe: ele vai tentar levar Marcelo Nilo com ele.

Tribuna - Quem o governo torce para ser o candidato? Geddel ou Paulo Souto?

Zé Eduardo – Eu acho que o governo torce mais por Paulo Souto, até por ele estar um tempo afastado, apesar de liderar nas pesquisas de intenção de voto. Até porque ele é menos raivoso e não vai vomitar tanta raiva nos debates e programas de TV.

Tribuna - Qual vai dar mais trabalho para o PT?

Zé Eduardo – Acho que Geddel. Ele está com gosto de sangue. Geddel está viajando todos os dias, passa o fim de semana viajando pelo interior. Geddel está em campanha velada, só esperando a hora de dizer sim. Já Paulo Souto está aqui, esperando, de camarote, a palavra de ACM Neto. E como Geddel já está na estrada, ele está na frente de Souto, pelo menos junto aos políticos e lideranças da capital e do interior, se articulando. Essa seria a grande sombra, o grande temor do governo.Fonte:Tribuna da Bahia