Capitão Tadeu diz que convocou greve para 'evitar tragédia em Salvador'

O deputado estadual Capitão Tadeu (PSB) afirmou que a decisão de assumir o comando e conclamar a greve da Polícia Militar, após a prisão do vereador e líder do movimento Marco Prisco (PSDB), foi uma forma de evitar que acontecesse uma tragédia em Salvador. Ele contou, em entrevista ao programa “Acorda pra Vida” da Rede Tudo FM, nesta quarta-feira (23), que os policiais ficaram revoltados ao saber que a Polícia Federal havia apontado armas para Prisco na presença de sua esposa e filho. “Na sexta-feira Santa à tarde, houve uma comoção da Polícia Militar. Se a tropa fosse se manifestar ia haver confronto com as forças federais. Por isso, eu assumi o comando e pedi que eles se aquartelassem. Foi a orientação mais sensata que eu fiz, pois eu evitei uma tragédia em Salvador”, explicou. Sobre o possível cunho político do movimento, o deputado declarou: “Eu quero registrar que, em nenhum momento, eu chamei a greve. Eu fui o moderador. Só assumi para evitar uma tragédia em Salvador”. Tadeu disse, ainda, que o ex-presidente Lula e o governador Jaques Wagner foram os “professores de greves políticas” e que tudo que foi conquistado pela PM, na Bahia, foi por meio de greve. “Ele [Wagner] foi o grande estimulador da greve. [...] Ele chegou até a dizer uma vez: Quem não chora não mama”, afirmou. Com relação ao fim da paralisação, o deputado contou que seguiu orientações da ex-corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pré-candidata ao Senado Eliana Calmon (PSB) que esteve com ele da noite da sexta-feira (18) até a manhã de sábado (19). "Ela [Eliana Calmon] nos deu um parecer jurídico sobre as razões da prisão e as consequências", contou.